segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Dossiê "Let It Bleed



Fazem 40 anos que o Let It Bleed foi lançado na Inglaterra. Nos EUA, o disco chegou às lojas um dia depois. E hoje, mesmo tendo passado tanto tempo, o álbum continua como um monólito: um dos melhores e mais importantes títulos na extensa discografia dos Rolling Stones.

É um trabalho extremamente peculiar e o último lançamento da banda nos anos 60. Não era apenas uma transição de décadas, mas no interior do próprio grupo. Era o primeiro disco de inéditas após a saída de Brian Jones — primeiro líder e fundador dos Stones, falecido na metade daquele ano —, apesar dele figurar em duas faixas. Também, Let It Bleed marcava a estréia de seu substituto: o jovem Mick Taylor, que também apresentava suas habilidades em apenas duas faixas.

Mesmo sendo um composto de faixas oriundas de momentos diversos, sem uma unidade criativa por trás do grupo, ninguém sequer se atreve a acusá-lo de ser “apenas um apanhado de canções”. Cada momento tem um brilho tão forte que ofusca. Apesar de todo seu entorno — ou justamente por causa dele — Let It Bleed foi criado em meio ao período mais fecundo da história da banda. E redefiniu seu espírito e trajetória — fazendo dos Stones um grupo ainda mais sombrio e decadente — para a década seguinte.

Nesse especial, em comemoração aos 40 anos dessa obra, Os Armênios traçam um breve histórico de Brian Jones: figura fundamental na trajetória da banda, que sai definitivamente de cena nesse álbum. Na sequência, há uma análise detalhada do disco, faixa por faixa, ilustrado com preciosos depoimentos de músicos e estudiosos contemporâneos que são influenciados pelo LP. Segue com uma breve resenha de outros artefatos — filmes, discos, livros, compactos — que retraram o momento e se relacionam organicamente com esse importante trabalho dos Stones. Por fim, um documento original de época, uma significativa resenha jornalística — que extrapola o campo da crítica e se assenta dignamente no âmbito do jornalismo literário — demonstrando que, desde o seu surgimento, Let It Bleed já se firmou como uma peça artística chave na história da música e a obra símbolo do final dos lendários anos 60

Brian Jones



Ele foi o líder fundador dos Rolling Stones. E se a banda se vale da mítica em torno da figura do rebelde marginal como a personificação dos ideais do rock’n’roll, a verdade é que Brian Jones nunca precisou encarnar tal papel. Desde o início ele foi um autêntico outsider.

Nascido em Cheltenham, no interior da Inglaterra, Lewis Brian Hopkin Jones era filho de uma professora de piano. Começou a tocar com 10 anos, aos 12 já era o clarinetista principal da orquestra de sua escola e com 15 já fazia dinheiro tocando saxofone todo fim de semana em uma banda de jazz. Como um autêntico beatnik, colocou o pé na estrada, fugindo de sua cidade natal aos 16 anos de idade. Escapava também da responsabilidade de ser pai, deixando sua namorada de 14 anos com um filho no colo. Viveu como mendigo por um período na Escandinávia, até que voltou para Londres, onde descobriu o blues e se integrou no circuito musical local, apresentando-se em inferninhos e cafés universitários.

Quando Mick Jagger e Kieth Richards o conheceram, em 1962, ficaram impressionados não apenas com a primeira execução de slide guitar que eles presenciavam, mas principalmente com aquele indivíduo loiro. Brian tinha a mesma idade que eles, tocava de maneira surpreendente, já havia passado por um sem número de bandas, vivia de sua arte, morava sozinho, tinha três filhos e nenhuma esposa, havia perdido o contato com a família e se metia em brigas freqüentes, muitas vezes por furto. Parecia um personagem dos filmes de James Dean. Isso tudo enquanto Jagger e Richards ainda moravam com os pais.

Logo os Rolling Stones surgiram e tinham aquele marginal como figura de ponta. Com um QI de 137 — acima da média —, Brian tinha uma visão única sobre a música e uma facilidade impressionante para dominar, pelo autodidatismo, uma série de instrumentos. Se Mick Jagger passou meses tentando aprender a tocar gaita harmônica, Jones não precisou mais que meia hora. Enquanto o beatle George Harrison foi para Índia ter aulas de cítara com Ravi Shankar, Brian começou a tocar o instrumento sozinho. Era o responsável por trazer o toque de originalidade que diferençava sua banda de tantas outras que infestavam os inferninhos da Swinging London. Suas contribuições musicais nas composições dos Rolling Stones se tornavam referências citadas por artistas do porte de Eric Clapton, John Lennon, Ray Davies, Bob Dylan e Jimi Hendrix.

Mas não era nada fácil ser Brian Jones. Desde o início sofria fortes ataques dentro de seu próprio grupo, permanecendo em constante disputa pela liderança da banda. O controle da coisa começou a escapar de suas mãos quando o núcleo criativo das canções foi se centrando na dupla Jagger & Richards. Sentia-se inibido por tantos músicos de relevo o apontarem como o gênio do grupo, cobrando por suas contribuições. Aliado a tudo isso, há o triste fato dele ter sido um dependente químico — algo que debilitava a sua já frágil saúde —, e pela sua posição, vivia cercado de pessoas que lhe ofereciam todas as drogas disponíveis o tempo inteiro.

Era outro fator que, emocionalmente, lhe deixava em frangalhos. Foi preso mais de uma vez por porte de drogas. O outro ponto que lhe desestabilizava eram as mulheres. Jones tinha sérios problemas em lidar com o sexo oposto, e várias vezes foi acusado de agressão. O músico nunca superou a perda de seu grande amor — a atriz, modelo e bruxa Anita Pallenberg — para o colega de banda, Keith Richards.

Assim como sua ascensão, a queda de Brian foi meteórica. Afundado em drogas, desestabilizado emocionalmente, encrencado na justiça… O artista estava num estado em que não conseguia mais produzir. O golpe final foi a expulsão da própria banda que ele havia criado. No mês seguinte, no dia 3 de julho de 1969, Brian Jones foi encontrado morto, na piscina de sua casa, em circunstâncias até hoje não esclarecidas. No final do ano — 28 de novembro de 2009, exatos quarenta anos atrás — os Rolling Stones lançavam Let It Bleed, um impressionante disco de transição com as últimas contribuições de Brian no grupo e a obra símbolo de sua época.
Ao lado de outros gigantes lendários do rock que faleceram cedo demais, todos num curto espaço de tempo — Jimi Hendrix, Jim Morrison, Janis Joplin — Brian Jones se diferençava não só por ser inglês, mas se destacava por ter precedido e influenciado os demais.

Let It Bleed

Keith Richards assume o posto de guitar lider da banda.

Um disco, um retrato: Sexo sujo, violência gratuita e uma capa quase perdida
Let It Bleed chegou às lojas um dia antes do sombrio concerto de Altamont. Era o último trabalho de estúdio que o grupo produzia para a Decca Records. Devia ter sido lançado antes, mas houveram problemas com a mixagem e atrasos na pós produção.

A capa não era a aprovada para o projeto. Mas a arte original (de autoria de Andy Warhol, mostrando uma calça Levis feminina, enquanto o disco traria uma calcinha com os dizeres “Deixe Sangrar”) fora perdida na bagunça do escritório dos Rolling Stones. Sua concepção foi usada para o álbum seguinte, Sticky Fingers (1971). A saída foi criar uma nova capa às pressas. Robert Brownjohn foi o idealizador e Delia Smith quem produziu o “bolo”. O título quase foi alterado para Automatic Changer.

As sessões do álbum haviam começado no início do ano. Tendo em vista o resultado alcançado em Beggars Banquet (1968), a banda continuou com Jimmy Miller na produção, numa parceria prolífica que iria se estender por mais álbuns. De início, vários esboços foram registrados, muitos deles sendo apenas temas instrumentais. Algumas dessas canções não voltaram a ser trabalhadas, ou então tomaram corpo e foram aparecer apenas em Sticky Fingers. Dentre elas, pode-se citar títulos como Aladdin Story, French Gig, I Was Just A Country Boy e Jimmy Miller Show. Das faixas que acabaram entrando no álbum, Midnight Rambler começou a ser trabalhada desde o início. Entre os esboços que viriam a se transformar em músicas efetivas estão Give Me Some Shelter — que evoluiria para Gimme Shelter — e If You Need Someone — que se transformaria na faixa título do disco.

Entre abril e maio de 1969 aconteceriam muitas sessões de estúdio para o álbum. Daí também resultaram uma série de faixas e esboços que nunca foram finalizados para integrar um registro oficial. Entre elas estão as seguintes composições de Jaggers e Richards: Curtis Meets Smokey, Jiving Sister Fanny, Black Box, Mucking About, So Fine, Toss The Coin, The Vulture e When Old Glory Comes Along. Chegaram ainda a gravar uma faixa de Bill Wyman, Downtown Suzie, e uma cover: I Don’t Know Why, de Stevie Wonder.

Justiça seja feita: Keith Richards assume papel fundamental em Let It Bleed. Como bem nota o crítico francês Bas-Rabérin, em virtude da ausência quase completa de Brian Jones — já desde o trabalho anterior — e a presença ainda pouco decisiva Mick Taylor, o lendário guitarrista original da banda se esmera na execução, alcançando aqui um domínio e qualidade sonoras que talvez seja o mais perfeito no conjunto da obra dos Stones. Mais de uma vez, ele se encarrega de várias partes de guitarra em uma mesma composição. Quando o grupo mais precisou, lá estava Keith Richards em seu auge!

O álbum que chegou às lojas no final do ano (no dia 28 de novembro na Inglaterra e 29 de novembro nos EUA) continha 9 canções. Os críticos reclamaram que seu conteúdo era de “sexo sujo, sadomasoquismo, drogas pesadas e violência gratuita”. Esperavam o que de um lançamento dos Rolling Stones? Canções sobre flores do campo e o azul do céu?


Músicas do álbum

1. Gimme Shelter
2. Love in Vain
3. Country Honk
4. Live with Me
5. Let It Bleed
6. Midnight Rambler
7. You Got the Silver
8. Monkey Man
9. You Can’t Always Get What You Want

Confira a matéria na integra com depoimentos de músicos no site

http://www.osarmenios.com.br/2009/11/dossie-let-it-bleed/

por Marina de Campos &
Rodrigo de Andrade (GARRAS)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Os discos de rock gaúchos mais esperados em 2010

2009 ainda não acabaram, mas já estamos de olho em 2010. Pesquisamos sobre os próximos lançamentos de artistas gaúchos e vimos cinco grandes discos que sairá no próximo ano.

Os Replicantes:


Nono álbum da lenda punk do RS. Com 12 músicas 11 inéditas e uma regravação da canção “Rock Star” (música que só saiu em single e coletâneas). A expectativa é grande em relação a este novo trabalho, pois será o primeiro com Julia Barth nos vocais. Com uma grande responsabilidade na garganta, pois esta substituindo os clássicos Gerbase e Wander. Pelo que vimos em shows a guria esta mandando muito bem. Como diz o baterista Cleber Andrade “Antes só tinha barbado na frente do palco, pensamos que iria piorar com a Julia, mas ao contrario cada vez mais gurias estão ficando a frente e indo a os shows”. A bolacha deve chegar em abril via selo Marquise 51.

Cartolas


Depois de fazer muito sucesso e colocar-se entre as principais bandas do estado com seu homônimo “Original de Fabrica”. Os garotos com cara de vilão preparam seu segundo trabalho. Fizeram a pré-produção do disco, reclusos em uma fazenda onde segundo os integrantes foi muito bom para o amadurecimento do som do grupo. Também previsto para o primeiro semestre. Deve sair pelo Selo Antídoto

Gulivers:


Primeiro disco de uma das gratas surpresas do estado. Com seu rock chiclete e boas letras tem tudo para fazer muito barulho não só pelo estado, mas em todo o Brasil.
“Em boas mãos “deve estar nas lojas entre março ou abril, também via Selo Marquise 51”. Podem conferir aqui http://www.myspace.com/guliversrock os singles do disco.

Pata de Elefante


Terceiro disco do power trio mais foda do Brasil. Gravado em São Paulo nos estúdios da Trama com produção de Julio Porto. Vencedora do premio MTV banda Instrumental lançou recentemente o clipe de “Um olho no fósforo, outro na fagulha” música titulo do segundo disco.Deve chegar no começo de 2010 pela Trama.

Link clip:

http://www.youtube.com/watch?v=1rp5dx_qPmo

Superguidis:


Também o terceirão da banda dos garotos de Guaíba/Porto Alegre.Gravado em Brasília promete ser o mais ousado dos trabalhos.Com arranjos de violinos masterizado nos Estados Unidos e letras mais profundas. Deve chegar em março e lançado simultaneamente no Brasil e na Argentina pelo Selo Sr.F Discos.

http://www.myspace.com/superguidis


È isso galera aguardar que ano que vem tem muito disco bom pra ouvir.Ou ficar ligado e baixar através de blogs e sites piratas.

http://www.myspace.com/superguidis

Por: Murdock

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Festival Descarrilhado - Resenha.

Primeira Noite:

“Um festival de rock é um dos melhores lugares para se estar”. Cheguei a essa conclusão entre um show e outro, durante o Descarrilhado Rock Festival, promovido pela Marquise 51 e pelo Vagão Bar, nos dias 06 e 07 de novembro.

O primeiro dia teve público razoável, uma média de 150 pessoas. A banda que abriu a noite foi a Velocetts, de Farroupilha, que havia vencido o mini-festival Contramão. Como cheguei atrasado, perdi os dois primeiros shows, mas já conheço o som deles. A banda apresenta um rock básico, politicamente correto e com vocal feminino. Pegada suave e sonoridade dançante. Capricha nas fotos e arte gráfica e mete a cara em vários festivais e concursos que pintam por aí. São espertos e estão atentos aos movimentos que estão rolando. Um single está pra sair.Logo em seguida foi a vez dos Gulivers, de Porto Alegre. A banda faz um britrock anos 90 com pitadas da nova cena Novaiorquina. O timbre e as linhas melódicas do vocal lembram Oasis. Além da estética caprichada, o EP dos caras foi muito bem gravado. O CD oficial será lançado em março de 2010. Gulivers é uma das bandas emergentes da cena underground gaúcha.Os terceiros que subiram no palco foram os pelotenses da Canastra Suja. A banda surgiu como uma proposta blues, mas logo se rendeu ao rock’n roll. No Festival eles apresentaram um rock tradicional, consistente, seguro e sem inovações. O mais bacana é que enquanto tocavam, um cara passou distribuindo para o público o CD deles, que é assim: uma sacolinha de pano verde, e dentro um papelão com a impressão de um vinil escrito “isto não é um disco, mas pode ser. Canastra Suja ao vivo, disponível em http://www.canastrasuja.com.br/”.A quarta banda veio de Chapecó, Santa Catarina. Os Variantes são um power trio. Tocam rock’n roll com atitude, pegada rápida, sem dar tempo para o público pensar. O show é direto, uma música atrás da outra, todas vibrantes, enérgicas, “pra frente”. A pulsação é 2/4, com muita influência do country rock. O vocalista toca contra-baixo, tem um timbre agudo e levemente rasgado. O guitarrista usa uma Gibson SG, com três captadores duplos, deixando o som gordinho e bem preenchido. Usa capotraste para não perder a dinâmica dos riffs, que são característicos do country e do blues, baseados na escala pentatônica. O baterista tem boa pegada e muita energia.Aqui vale uma observação. O público é muito chato e não havia correspondido às bandas até então. Apenas aplausos tímidos ao final de cada canção. A platéia estava desconectada do palco e não se esforçava nem um pouco para dar força e motivação para as bandas que vieram de fora. Enfim…No quinto show foi a vez da Zava, de Caxias do Sul. Os guris já têm um grupo fiel de seguidores. E quando eles foram anunciados, cerca de 40 pessoas se posicionaram bem na frente do palco e começaram a fazer a festa. Logo em seguida os músicos pegaram os instrumentos e mostraram sua boa performance. Composições bem construídas, letras inteligentes e uma energia explosiva fizeram com que o público despertasse da sua apatia. A Zava é a principal banda em efervescência de Caxias. O CD que será lançado no dia 11 de dezembro apresenta a maturidade e o investimento de tempo e dinheiro dos guris. No show do festival, apesar da boa resposta do público, as guitarras estavam com volume baixíssimo, tirando muito da vibração sonora que a banda propõe e prejudicando a apresentação.Em seguida veio a Identidade, de Porto Alegre. O público continuou agitando, cantando as músicas e se divertindo. A banda lançou o terceiro CD há uns três meses e a repercussão já é enorme. O vocalista Evandro Bitt tem influência pesada de Mick Jagger, rebola, faz beiço, dança o tempo todo e se mexe freneticamente. O clipe da música “Não Para de Dançar” já está rodando na MTV!A Superguidis, última banda da primeira noite, encara a música como arte. “Somos retardados, quando a gente tenta parecer rock stars não dá certo”, conta o guitarrista Lucas Pocamacha. O vocalista Andrio Maquenzi diz que o terceiro CD está mais soturno que os anteriores. Os Superguidis fizeram o melhor show do festival, disparado. Subiram no palco, acertaram os volumes das guitarras (finalmente!), e fizeram um show intenso, preciso, forte, profundo. O som estava redondo e apesar de já serem cinco horas da madrugada, o pessoal cantou junto e ficou até o final. O quarteto já conquistou um nome de respeito em diversos estados do Brasil. Um trabalho maduro e original, que impressiona quem ouve. Com atitude humilde os caras vieram pra Caxias, fizeram um baita show e prometeram voltar em março de 2010 para lançarem o seu terceiro disco.

Segunda Noite:
No segundo dia a casa estava quase lotada, média de 300 pessoas no bar. A noite começou com os caxienses da Revólver. Pulsação 4/4, som reto e direto. Podemos dizer que foi a banda mais masculina do festival. Rock tradicional, clássico, dos anos 70, guitarras secas e pontuais, pegada forte na bateria e contra-baixo com marcação definitiva. Solos de guitarra em todas as músicas, vocal rasgado e gritado. Show curto e grosso para ninguém esquecer de onde vem o verdadeiro rock’n roll.Na seqüência tocou a Lítera, de Porto Alegre. Única banda com referências de MPB. No show, os instrumentos pareciam desencontrados. Bateria muito agressiva para o pouco peso das guitarras, apesar das inteligentes frases de condução no prato china. Os caras acabaram de lançar um CD criativo em composições e arranjos. Arte gráfica impecável. O disco está repercutindo muito bem no estado e conquistou boas críticas.Depois foi a vez da Bob ShuT, de Caxias. Outro trio em que o baixista também é vocalista. Foi a banda com o som mais pop rock do festival. Timbre de voz bonito e afinado, característico dos consagrados grupos do rock nacional. Bateria e guitarras simples, que não comprometem e mantém a energia do show. O público conhecia as letras e os caras tiveram um ótimo retorno tocando só músicas próprias. É difícil quando uma banda consegue dar o salto de tornar um show autoral sustentável, sem a necessidade dos covers. Em Caxias isso ainda é raríssimo e a Bob ShuT está praticamente lá.Depois vieram os Cartolas. Uma das principais bandas da atualidade no estado. O público vibrou muito com o show dos caras, cantaram praticamente todas as músicas. Infelizmente a técnica não ajudou em nada. Microfonia, e novamente o péssimo volume das guitarras fez com que o guitarrista André Silveira parasse no intervalo de uma das músicas e exigisse a correção do som. Algumas pessoas da platéia acharam a atitude arrogante, mas para quem prioriza a música, a boa qualidade do som é fundamental. Problemas técnicos tiram a energia e motivação da banda e prejudicam o show imensamente. Mesmo assim, os caras continuaram o baile e o público adorou. Os Cartolas fazem música de altíssimo nível, rock de primeira, com qualidade e maturidade de composição para concorrer internacionalmente. Um dos principais representantes do Rio Grande do Sul.Finalizarei a crítica com Cartolas, pois foi o último show que acompanhei. Ligante Anfetamínico, Os Replicantes e Los Vatos ficam pra próxima. Os proprietários do Vagão Bar, César Casara e Marcelo Pedroso, tiveram uma atitude de vanguarda ao promoverem o festival e iniciarem esse movimento de inclusão de Caxias do Sul no mapa da cena independente. O camarim do bar foi elogiado por várias bandas, pois conta com o diferencial de um estúdio, onde os músicos podem tocar e se aquecer antes do show, além de ser um espaço ideal para entrevistas. Outros dois pontos que merecem elogio são a seleção das bandas participantes e a velocidade da troca de uma banda pra outra entre os shows. Para a próxima edição fica a sugestão de um cuidado redobrado com a técnica de som, para não comprometer a qualidade musical do festival, que obviamente é a prioridade do evento.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Festa da Marquise 51 é amanhã


Amanhã dia 26/11 rola a festa de final de ano da Marquise 51 no Porão do Beco (Independência,936) confere as atrações que vão estar na festa:

Serviço

O Quê: Festa da Marquise51
Shows:
Lollypops
Sargento Malagueta
Lítera
Clarissa Mombelli

Quando: 26/11 quinta-feira às 23h

Quanto: R$ 10

Onde: Porão do Beco- Independência, 936

Djs: Lucas Hanke, Júlia Barth e Evandro Bitt


Te vejo lá!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Feira da Música do Sul começa amanhã!


Rio Grande do Sul terá primeira Feira da Música
Evento que reunirá a cadeia produtiva da música será realizado entre os dias 19 e 22 de novembro, nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo
Um espaço para múltiplas atividades ligadas a toda cadeia produtiva da música. Uma oportunidade de encontro entre os trabalhadores desta rede, grande geradora de empregos e renda. Um momento de troca de experiências e contatos capaz de estimular a organização e o fomento do setor. Estes são alguns dos conceitos que definem os objetivos da Feira da Música do Sul, que será realizada nos dias 19, 20, 21 e 22 de novembro de 2009 nos pavilhões da Fenac, município de Novo Hamburgo, situado a 42 quilômetros de Porto Alegre.
A primeira edição da feira tem como principais articuladores o Fórum de Economia da Cultura, coordenado pelo deputado Ronaldo Zülke (PT/RS) na Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do RS, e o Fórum Permanente de Música do RS, na pessoa do músico Moysés Lopes. A realização é da GB Produtora e são apoiadores do projeto a Fenac, sede do evento, o Sebrae/RS, a Agência Brasileira de Promoção das Exportações do governo federal (Apex Brasil), a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), a Brasil, Música e Artes (BM&A), a Unimed, a Converse e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A Feira tem financiamento da Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura, e patrocínio da Petrobras e Eletrobrás.
O processo de mobilização para a feira envolveu centenas de pessoas no evento preparatório denominado Circuito Gaúcho de Música, que levou debates e shows a 19 cidades do interior do Estado: Passo Fundo, Lajeado, Santa Cruz, Ijuí, Cruz Alta, Novo Hamburgo, Santa Rosa, Esteio, Torres, Gravataí, Sapucaia do Sul, Canoas, Caxias do Sul, Bagé, Pelotas, São Leopoldo, Sapiranga, Viamão e Osório. O Circuito foi realizado pela Assembleia Legislativa do RS, Sesc/RS e GB Produtora, com patrocínio da Caixa Econômica Federal e apoio da Converse. Em cada cidade, o circuito contou com a parceria das Prefeituras e Secretarias Municipais de Cultura entre outros agentes locais.
A Feira da Música do Sul terá uma programação rica e diversificada. Na mostra de Produtos e Serviços, distribuída em cerca de 60 estandes, a cadeia produtiva da música estará representada por fabricantes de instrumentos musicais e equipamentos, mídia especializada, indústria fonográfica, projetos sociais, além de uma praça de alimentação que priorizará a Economia Popular e Solidária. A Fenac é responsável pela comercialização dos espaços. Microempresas terão o preço do metro quadrado subsidiado em 50% pelo Sebrae/RS.
A cadeia produtiva da música também será objeto de Painés e Oficinas, com personalidades da música e agentes culturais com o objetivo de buscar a qualificação dos trabalhadores da cultura e a difusão de informações. O Sebrae/RS oferecerá painéis sobre suas atividades na área cultural e sobre crédito para pequenas empresas, além de uma oficina sobre o Empreendedor Individual.
Músicos, compositores e produtores poderão participar de Rodadas de Negócios, oportunidades para a apresentação de projetos e troca de informações com o objetivo de selar futuros negócios. Podem participar artistas, empresários, representantes de selos e gravadoras, fabricantes de instrumentos musicais e equipamentos, programadores de feiras e festivais, entre outros profissionais do setor. O cruzamento entre oferta e demanda será organizado pelo Sebrae/RS. O projeto Imagem & Comprador, realizado pela primeira vez no RS no ano passado, ganhará a segunda edição dentro da Feira da Música. Desta vez, seis convidados internacionais, entre compradores de música e profissionais de mídia, virão ao Estado para fazer contatos com nossos músicos e produtores. A Brasil, Música e Artes (BM&A) é a executora deste projeto com recursos da Apex Brasil.
A programação musical será diversificada e terá como âncora três espetáculos que pretendem traçar um panorama da música do Rio Grande do Sul produzida na segunda metade do século XX, por meio de seus principais movimentos: os festivais nativistas, o rock gaúcho e a música popular urbana. A ideia é valorizar os principais compositores, intérpretes e instrumentistas destes movimentos surgidos nos anos 60, 70, 80 e 90 em shows coletivos com artistas gaúchos. Também será organizado um acampamento, abrindo espaço para momentos inspirados nas tertúlias nativistas.
Estímulo à cadeia produtiva da culturaO Rio Grande do Sul ocupa posição geográfica estratégica e, com a Feira da Música do Sul, se consolidará como ponte entre os estados brasileiros das demais regiões e os países do Mercosul. Este papel de ligação que a feira cumprirá vai se somar à importância da realização de um projeto capaz de estimular a organização e impulsionar a cadeia produtiva do setor. “Cultura não é apenas entretenimento. Além de fazer bem a nossa alma, a cultura gera empregos e renda e, portanto, é estratégica para o desenvolvimento econômico sustentável”, defende o deputado Ronaldo Zülke, coordenador do Fórum de Economia da Cultura. Estudos indicam que o setor da economia da cultura no mundo passará de U$ 1,3 trilhão de 2005 para U$ 1,8 trilhão em 2010. O Banco Mundial estima que a economia da cultura responda por 7% do PIB global (dado de 2003).Serviço:
O que: Feira da Música do Sul
Quando: 19 a 22 de novembro de 2009
Onde: Pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo
Hora: das 10h às 24h
Entrada franca.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Festa Marquise!

Serviço:

O Quê: Festa da Marquise51
Shows:
Lollypops
Sargento Malagueta
Lítera
Clarissa Mombelli
Quando: 26/11
quinta-feira às 23h
Quanto: R$ 10
Onde: Porão do Beco- Independência, 936
Djs: Lucas Hanke, Júlia Barth e Evandro Bitt

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Projeto Comprador e Imagem!



A MÚSICA DO RIO GRANDE DO SUL PARA TODO MUNDO OUVIR

O Projeto Comprador e Imagem vai participar das rodadas de negócios na Feira da Música do Sul. A feira que rola nos dias 19 a 22 de novembro em Novo Hamburgo, nos pavilhões da FENAC vai ter inúmeras atrações.

Inscreva-se já! Sua banda ou produtora pode ser uma das escolhidas!

http://www.bma.org.br/nhci , siga os passos descritos e boa sorte!

Mais informações no site:

www.feiradamusicadosul.com.br

Por murdock!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Véspera boa surpresa no rock sulista!


Ontem levamos um papo com Lucidio Gontan , vocalista da banda Véspera que abriu terça feira o show do Faith no More em Porto Alegre.Ele nos contou um pouco sobre a banda e a experiencia de tocar junto com um grupo consagrado mundialmente.

1- A véspera abriu o show do faith no more em poa.Qual e sensação emoção e oque a banda aprendeu em ter uma grande experiencia como esta?
Foi uma experiência inesquecível! Graças à mobilização dos nossos fãs e amigos conseguimos chamar a atenção da produtora responsável pela vinda do Faith no More à POA e tivemos a honra de termos sido escolhidos pela própria banda para o show de abertura! Nada mal, né? O palco imenso, o som de altíssima qualidade e a massa de gente que lotou o Pepsi on Stage são coisas que jamais sairão da nossa cabeça! Este show nos forçou a sermos ainda mais profissionais. Tivemos a preocupação de montar uma equipe gigante de apoio e, sem eles, o show não teria saído. Este é o diferencial da Véspera, na minha opinião: ela é cercada por uma verdadeira família de amigos que estão juntos em todas as situações. Esse apoio tem sido fundamental. Só temos a agradecer. Apesar da tensão e da adrenalina, foi um de nossos melhores shows!

2-Oque muda na banda após este grande evento?
Os padrões de exigência e a responsabilidade mudam, com certeza. A partir de agora, temos no currículo o fato de termos sido indicados pelo próprio FNM para este show de abertura. Saímos do anonimato, isso é verdade, e tivemos uma repercussão na imprensa muito além do esperado. No entanto, continuamos a ser uma banda de rock de Porto Alegre que aposta no “trabalho de formiguinha”, para, pouco a pouco, ir conquistando novos fãs e amigos com nossa música! Acreditamos em nosso trabalhode um jeito que até nos assusta! Mas ainda temos muito a aprender, a lapidar e a evoluir.

3-Mudou o olhar das pessoas em relação a banda?
Sim! Estamos na luta há algum tempo e o retorno das pessoas tem sido fantástico no sentido de nos dizerem o quanto sempre torceram e acreditaram em nós! Ter feito este show nos credenciou como um banda de rock capaz de segurar uma abertura de um espetáculo internacional, proeza que só considerávamos em pensamentos e devaneios: “um dia ainda vamos abrir para uma banda grande”! Quero dizer, em nome da Véspera, que foi uma honra representar o rock feito no Rio Grande do Sul e o aplauso do público no dia 3 para nós, é
também, para os artistas gaúchos da cena independente. Há centenas de bandas poderosas em nosso Estado que poderiam ter feito este show com propriedade. Agora, foi a nossa vez! Mas daqui a pouco, pode ser a hora de outra boa banda que está na batalha por visibilidade e reconhecimento receber uma oportunidade como esta!



4-Hoje quando tu acordou qual teu primeiro pensamento?
Ah, pensei: “putz, tô atrasado pro trabalho” (risos). Voltar à vida real foi um choque. Foi como acordar de um sonho. Mas esse sonho continua. É só o começo!
5-Pra quem não conhece o grupo ainda, nos conte um pouco sobre a Véspera?
Somos cinco amigos do peito com uma afinidade musical extrordinária, uma amizade acima de qualquer suspeita e um respeito mútuo, e que fazem o que gostam: música! Formamos a Véspera em 2007. A banda passou por algumas formações diferentes. Hoje, é integrada por mim, Lucidio (voz), mais o Marcelo Reichelt, na guitarra, o Eduardo da Camino, no baixo, o Renato Siqueira, na bateria e nosso mais novo integrante,Vinicius Ferrari. Esse guri trouxe uma energia renovada à banda e muito do que está acontecendo com a gente agora é mérito dele, além do trabalho incansável do Marcelo, que sempre se revelou o verdadeiro líder da Véspera.
6-O futuro da banda?
Queremos gravar nosso CD (temos dois EP´s) e investir no interior do Estado. Ao mesmo tempo, continuar com nossos projetos junto ao Art & Bar, onde fomos banda residente por sete meses consecutivos na Quinta Clássica, e à OK:ROCK, festa consagrada na noite portoalegrense que integra DJ´s e banda ao vivo, no caso, a Véspera! Pensamos em continuar compondo alucinadamente e também em elaborar algum tipo de projeto em parceria com bandas afins, como a Lítera, a It´s All Red, a Borboleta Groove, a Sargento Malagueta, ou ainda a banda A Red so Deep, que dividirá o palco com a gente no próximo sábado, na OK:Rock, no Garagem Hermética. Acreditamos no trabalho realizado de forma cooperada, principalmente na cena independente. Só com a união faremos a diferença e formaremos novos públicos de rock no Estado, na capital e, porque não, no País.
7-contatos
www.myspace.com/bandavespera
Jubarte Produtora:
51 9956-1176 (André)
51 9255-4670 (Marcelo)
Valeu
Nós que agradecemos!
Por: Murdock!